sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Casa de Veraneio

A casa foi construída em 1936 e até hoje é objeto de estudo para profissionais de arquitetura de todo o mundo. A intrigante “Casa da Cascata” projetada por Frank Lloyd Wright tinha por objetivo ser um local de descanso para os fins de semana de uma família com 3 pessoas. O projeto redefiniu as fronteiras entre o homem e a natureza. Uma construção completamente integrada, sem agredir ao meio ambiente e sem alterar em nada a direção das águas, que passam por dentro da casa, entre pedras e árvores.
Sem dúvidas, um excelente lugar pra relaxar com a família.
Localizada na Reserva Natural de Bear Run (Pennsylvania), a Casa da Cascata acabou por se tornar um local muito úmido e frio. Os moradores então optaram por não mais usá-la como domicílio. Ela hoje funciona como um museu.
Uma obra prima!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ócio Criativo

Newton descobriu a Lei da Gravidade enquanto descansava debaixo de uma árvore. Arquimedes descobriu o Empuxo enquanto mergulhava numa banheira. As principais invenções aconteceram em momentos de relaxamento, não sob pressão.
Não se cria algo brilhante sob encomenda. No máximo algo técnico, bem feito, mas com poucas chances de fazer história.
Várias empresas já descobriram isso e criam espaços de entretenimento para os funcionários durante o expediente. O problema é a disciplina. Se liberar demais, ninguem sai de lá. Se restringir demais o uso, o espaço perde o sentido. Já presenciei algumas tentativas frustradas entre empresa e funcionário. A verdade é que todos nós queremos liberdade pra pensar e desenvolver os trabalhos no "nosso tempo". Mas os clientes não esperam e as empresas são cobradas por resultados.
Ainda temos raízes sólidas naquele padrão de empresa convencional e quando desaparecem as fronteiras, muitos de nós ficamos sem rumo.
Não concordo que ficar trancado 12 horas por dia seja o ideal, especialmente em algumas áreas que exigem criatividade. Mas também não concordo com a liberdade absoluta. Ainda não encontrei uma empresa que tenha achado a dose exata. Nós seres humanos estamos sempre insatisfeitos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O resgate social nas comunidades cariocas


A pacificação trouxe às comunidades uma vida social que parecia quase inatingível. Hoje no complexo do Alemão há cinemas multiplex e o recém inaugurado teleférico que oferece conforto aos que moram em regiões mais altas e remotas. Os trabalhos sociais se intensificaram, postos de saúde, TVs por assinatura, bancos e escolas particulares, apenas para citar alguns exemplos.
Foi criada também a Copa das Comunidades. Um torneio de futebol entre as principais favelas, onde os jogos acontecem em rodízio por todas as quadras poliesportivas e transmissão da TV Globo. Um evento impossível de acontecer no passado em função da rivalidade das facções.
Nesse movimento, me chamou a atenção a nova moeda utilizada na comunidade Cidade de Deus, o CCD. As cédulas de 1 CCD; 2 CCD; 5 CCD e 10 CDD são válidas apenas no local e garantem descontos e vantagens para quem as utiliza. O objetivo é fomentar a economia da comunidade. Parece bacana, mas será que sobrevive por muito tempo?

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Um mar de cerveja


Não foi proposital, mas o efeito não poderia ter sido melhor.
A enchente cobriu parte do outdoor da Coors Light no nordeste dos EUA e a natureza se encarregou em oferecer uma belíssima ação de merchandising!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"Não somos mulheres"

Uma das frases mais infelizes que li nos últimos tempos foi a citação do ditador Kadafi em alusão ao fato de não ser covarde e de não se render.
Tamanha ignorância é compreensível. Certamente, enquanto ele se concentrava em suas falcatruas, desrespeito ao seu próprio povo e as mais diversas atrocidades sociais, é possível que não tenha tido tempo para acompanhar a história contemporânea.
Mas acho que posso ajudar com algumas informações. A participação feminina tem apontado um crescimento exponencial em todas as esferas da economia. Mesmo as profissões mais “braçais”, hoje já contam com uma parcela de mulheres atuantes. E são também elas que lotam as universidades, num percentual bem acima dos homens. No mercado de trabalho ganham força, alcançam posições de poder e não se intimidam por acumularem funções domésticas, educação dos filhos e até o sustento do lar.
Além de todas essas tarefas, ainda são amáveis, sensíveis, sabem liderar equipes de forma muito eficaz. Preocupam-se com seu corpo, sua saúde, lotam as academias e buscam os mais modernos tratamentos de beleza. Sim, hoje as mulheres de 40 são bonitas, saradas e jovens. E não apenas isso. Sabem o que querem, tem conteúdo.
Mas o nosso querido Kadafi, em seu mundinho tão limitado, talvez não tenha acesso a tantas informações.
Sexo frágil? Que coisa mais antiga! Será que o Sr Kadafi esqueceu quem o carregou na barriga por nove meses, sentiu as dores do parto, enjoou, amamentou, educou e o fez crescer? E será que ele também não se lembra da atleta Gabriela Anderson-Schiess, nas olimpíadas de LA em 1984? Um dos maiores espetáculos de superação em toda a história do esporte.
Quem são aquelas pessoas que agüentam caladas o desprezo de um filho, de um marido, só por amor? Que se omitem por toda uma vida apenas para manter a paz no lar. Que são capazes de morrer ou matar para salvar seus entes queridos. Que passam incansáveis horas com seus bebês no colo, com cólicas durante a noite inteira... e ainda saem pra trabalhar exaustas no dia seguinte, sem reclamar.
É claro que o Sr.Kadafi não conhece e nunca conhecerá esse lado feminino, porque a sua mesquinhez de caráter nunca permitiu que ele se aproximasse de um sentimento tão nobre e de uma força emocional tão intensa. Uma pena que ele nunca irá descobrir que o sentimento mais potente e mobilizador da vida é o amor.
É, não tenho dúvidas. Ele não poderia mesmo ter nascido mulher.