segunda-feira, 20 de junho de 2011

Classe C chegando a 60%


Acho que já não cabem mais matérias falando sobre o crescimento da Classe C. Já é uma realidade e todos já direcionamos nossas estratégicas com esse foco.
Porém, nada mais fake que uma empresa tentar se aproximar das classes emergentes fazendo apenas produtos mais “feinhos” e com matéria prima de segunda. Pobre não gosta de pobreza. Eles estão ganhando poder aquisitivo. E o que desejam? Tudo o que lhes foi privado durante tantos anos. Ou seja, o que a classe AB tem.
E o que quer a classe AB (que aliás também tem crescido)? Quer coisas que antes eram possíveis apenas para a classe AA. Viajar pro Exterior, fazer cruzeiros, ter casas de praia, dois carros. É a pirâmide subindo...
Não... eles não querem baixa qualidade e estão sim dispostos a pagar mais. Griffes, perfumes importados, universidades, Iphones. Não querem o genérico.
Um dia desses no shopping ouvi uma cliente no caixa: “Puxa, vim de Copacabana pra comprar nesse shopping aqui em Del Castilho achando que era mais barato, mas os produtos são iguais... e pelo mesmo preço. Perdi a viagem.”. Ainda tem pessoas que acreditam que shopping no subúrbio é pra pobre. E o pior, apesar da extensa literatura disponível atualmente, ainda pensamos em ações pra classe C, com cabeças de burgueses.
Pelo andar da carruagem, acho que serão nossos próximos empregadores.

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