Tanta tecnologia... às vezes atrapalha

Tem horas que tudo o que você precisa na vida é encontrar um banheiro. Dependendo da urgência, ele já nem precisa ser bonito, bem decorado. Basta que apareça na sua frente. Se for limpo, é um sonho.

E nessas situações, não tem nada pior que encontrar um super banheiro high tech, inteligente, com sensor de movimentos e sons. É possível padronizar os movimentos? Acho que cada um tem suas particularidades e suas preferências de higiene. Mas os tais banheiros high techs não consideram a possibilidade de você não querer, por exemplo, uma ducha de água quente que desregulada, molha seu corpo inteiro!

Há também aqueles sensores de iluminação, que também desregulados apagam quando você está lá dentro, no momento mais crucial. E não é legal ter que ficar levantando os braços compulsivamente para acender a luz de volta.

Os assentos inteligentes dão descarga sozinhos. Poderia ser uma ótima idéia se você soubesse como funciona. Não há botões, nem comando de voz. Ele simplesmente aciona sozinho quando quer. Você pode ter terminado ou não. Às vezes não aciona e a pessoa que entra em seguida te acha um porco.
Acho que o bom e velho método manual ainda é o mais eficaz. Pra que complicar? Pelo menos deveria haver as opções “automático” e “manual” para evitar o constrangimento dos pobres mortais com pouca intimidade tecnológica. Especialmente os usuários mais idosos, que ficam gritando lá de dentro “alguém me ajuda aqui...”

O problema é que na maioria dos lugares, a limpeza dos banheiros continua sendo feita por pessoas mais humildes que não tem a menor idéia de como esses ETs funcionam. Eles acabam apertando todos os botões que vêem na frente, fica tudo desregulado e o pobre coitado que usa em seguida, acaba tomando um banho, o papel higiênico desenrola sozinho sem parar, a luz apaga e a descarga trava.
Sim... eu posso ser antiquada, mas não achei uma experiência bacana!